sexta-feira, 26 de setembro de 2008

05 short dialogues

No cabeleireiro:

Menina: E qual sua data de nascimento?
Eu: xx/xx de 1985.
Menina: Nossa!
Eu: O que foi?
Menina: É que eu sou de 1984 e você é mais alto que eu.
Eu: Realmente, estranho mesmo. Meu avô, por exemplo, é de 1926 e tem quase 4 metros de altura.
Mãe: Menino!

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Na faculdade:


Professor: E aí, você nasceu em qual estado?
Eu: Sólido.

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In an english class:


Teacher: There was a photo session of some animals in a farm. They had a problem because after a while, some animals starting to suffer because of the heat. Specially the chicks that were getting hot.
Me: *Smirk* The chicks were getting hot. He. He. *Smirk*
Teacher: Down, teenager!

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Na outra empresa:


Colega:E criança tem um jeito interessante de pensar. Outro dia perguntei pra minha sobrinha de 2 anos se ela gostava de mim. Ela disse que "gostava de mim dois".
Eu: Dois?
Colega: Isso. Dois.
Eu: Por que?
Colega: Ela disse que um significava que gostava muito de mim. Porque um dia ela foi pegar doce e o pai dela disse pra pegar só um, porque dois era muito.

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Ainda na outra empresa:


No email:
Colega: (...) e pra terminar o sábado, tomei uma serveja.
Ao telefone:
Eu: Caramba que estrago no fim de semana, hein? Aliás, cerveja é com c, cara.
Colega: Pode crer, cerveja é comigo mesmo.
Eu: ...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Par le matin que je voudrais oublier

Angry Doug Funny - on

Só em setembro já se foram retrovisor, vidro, mochila, DS, livros, documentos.
E com eles quase todo o salário, dor de cabeça e muito tempo perdido.

Cansei de viver nessa cidade, nesse país.
Nessa merda de situação em que temos que viver com medo de sair de casa, de andar na rua, de usar algo mais bonito porque chama atenção. De lutar pra conquistar suas coisas e não poder usufruir ao máximo porque um bando de malditos ficam à espreita, sendo "espertões" e tentando roubar tudo.

Cansei de ficar perto de um bando de gente que quer ser mais malandro que o outro, tirar vantagem, sair por cima em todas as situações. De ter que desconfiar sempre, de ser taxado de vacilão ou idiota quando deixamos mochilas/carteira/qualquer coisa à mostra e ainda por cima dizer que o erro é nosso quando acontece alguma coisa e não de quem está obviamente cometendo o verdadeiro erro - roubando.

Cansei desse bando de pé-rapados que ficam culpando a sociedade por não ter nada e assim tentam justificar o fato de roubar. Esse bando de vagabundo que são simplesmente folgados, não querem ralar nem procurar trabalho e entram nessa vida de roubo - roubando gente que trabalha, pais de família, senhoras de idade - para comprar roupa de grife, drogas e não comida ou algo pra sobreviver, estes eu não consigo tolerar. Além de ladrão, é covarde.
(Veja bem, não tenho nada contra quem é pobre, afinal, apesar de hoje (graças a Deus) ter um trabalho e uma condição de classe média, eu cresci pobre e até minha adolescência foi nessa realidade que eu vivi. Vi muitos colegas da rua, do futebol no campo de barro e dos contras com a rua de cima virarem bandidos, serem mortos, presos, terem que fugir da polícia ou para não serem mortos por traficantes. Mas também vi muitos que lutaram, conquistaram seu espaço e hoje tem casa, um trabalho, constituiram família e batalham pelo seu futuro. Portanto, não justifica.)

Cansei de ter que viver sua vida atrás de grades, muros, cadeados e correntes. De ver a qualidade de vida ir pelo ralo, de ficar doente, careca, fora de forma, estressado, com insônia por ter que viver sem vida. De trabalhar o mês inteiro para pagar imposto e não receber nada em troca e, além disso, ter a chance de ser roubado a qualquer momento (talvez deveria dizer ser roubado 2 vezes, mas enfim).

E porque ter que fugir de assalto às 8h da manhã não deveria ser a realidade de ninguém, quero uma casa sem muro, sem cerca. Deixar meu carro aberto, jogar DS no trem. Não ter que ficar em constante alerta pra não ser sacaneado no taxi, nas lojas, não ser roubado nas ruas, nos faróis. Quero viver em um lugar em que as pessoas se respeitem, se cumprimentem, se conheçam. Em um lugar em que falar com mulheres não signifique que quero tirar a roupa delas, que brincar com crianças na rua não signifique que você é pedófilo, que ser evangélico não signifique ser fanático ou aproveitador, que político e corrupto não sejam sinônimos, que um tênis ou uma roupa valha mais do que uma vida.
Um lugar em que ideal não seja sinônimo de utópico.

Às vezes, acho que nasci na época errada, no lugar errado. Às vezes tenho certeza.
E é apenas terça-feira. Que Deus me ajude (e me perdoe).

Angry Doug Funny - off

sábado, 20 de setembro de 2008

Pequeno Elefante

Após assistir o filme "Horton e o Mundo dos Quem"...

O filme conta a história de um elefante que ouve em um grão de poeira uma voz que pede ajuda e, eventualmente, começa a conversar com um dos moradores de dentro do grão - este que mora em uma cidade de pequenos seres chamados Quem. O pequeno consegue ver a ação do grande no seu mundo. O grande, por outro lado, reconhece a responsabilidade de cuidar do pequeno e de tudo aquilo que lhe é importante. Em nenhum momento eles se vêem - e apenas um é capaz de ouvir o outro. Talvez pudessem optar por ignorar, mas resolveram acreditar um no outro.

E basta crer em algo "inexplicável" que é o bastante para tornar o amigo em inimigo, o herói em vilão, um elefante amigável em perverso deturpador. Que culpa ele tinha se onde ele vivia, apenas ele era capaz de ouvir? Do mesmo modo o pequeno Quem, que ouvindo a voz que vinha do alto, não recebeu apoio nem de sua família? Mesmo sendo o prefeito da cidade, foi ridicularizado e tido como louco. E tudo isso porque ele resolveu acreditar. Resolveu aceitar que era menor do que gostaria de ser.

Acreditar em algo que não se vê e tentar, quase que sempre em vão, fazer com que outros acreditem. E, se mantermos os olhos e ouvidos abertos como as crianças, colocaremos de lado tudo aquilo que guia (ou compromete) o nosso julgamento e, por fim, também ouviremos - mesmo no meio da bagunça, mesmo no meio da selva.

Porque o caminho acaba sendo o contrário. O grande se revela para o pequeno, mas são os pequenos, que ao erguerem as suas vozes e usarem tudo que há em si para chamar a atenção do grande, conseguem fazer com que aquilo que o grande diz passe de loucura à verdade. O grande quer proteger o pequeno - porque nas mãos dele está tudo. E, ao contrário do que todos possam pensar, o grande só quer conversar, conhecer e estar próximo dos pequenos.

Por fim, o grande contou com o pequeno para que passasse para frente aquilo que ele aprendeu ouvindo o grande.

E logo, todos ouvirão aquilo que eu já ouço - e mesmo que não compartilhem da minha missão, não poderão negar que é real. Ora somos Quem, ora somos elefante.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Weekend and so

Doug Funny mode: on

13

Waking up is never an easy task on a saturday morning - specially after a disappointing friday-night-cinema with the latest (and also second-worst) Nicholas Cage movie - Something in Bangkok. I went to class after missing two weeks (first due to tiredness and second due to theft) and realized that I missed not as much as I thought. At least something to soothe the belatedness idea that somehow keeps haunting my life. Later on I went to Boituva for a friend's birthday party with a couple of friend of my own - no, they are not a couple with each other (thank God). So we went, three boys and nothing but a road ahead - this scene was rather nostalgic since it also happened five years ago in, what I deem as one of the best trips I ever had until now. Despite the repeated group, I must say that it felt completely different, after all so much has changed since then, so much has happened. And I was specially happy to see that we get along just as well, or dare I say, even better. In the party I met with some other friends and we spent all the time eating, chatting and laughing our heads off - as one of them said, nothing is more effective against stress than laughing. Back to the big city, there was time for a quick coffee with sight-seeing and meeting this already-accompanied-but-totally-would-you-please-marry-me-now gal in the subway. We were making plans to eat a pizza but we were also way too tired for all that. So instead of dinner, I preferred a ride home. And so, I slept within 1 minute and 13 seconds after I entered my room.

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After a long-enough night of heavy sleep, woke up early and decided to do nothing for the rest of the day. It was almost 9 o'clock and I started to watch some downloaded tv series (mainly "japanese dramas") and by 11 I thought it would be a nice idea to go to my old man's house to watch the game and also spend some time on the road, enjoying loneliness and taking sometime to think with a better view other than my room's wall. It was cold, but somewhere inbetween it became sunny, the sky was fantastically blue and no clouds to get in the way ('oh how I wish I could fly', said the boy). No traffic, intense wind, open road - despite the abusive toll fees, nothing like spending some "speedy" time behind the wheels to leave small thoughts behind. Second day in-a-row that I was hitting the road - what might seem a busy weekend for anyone was a signal of "awareness need" for my paranoid mind. Nevertheless, just kept going also leaving the red light and buzz aside. Spent some quality time together, talked as much as we could and went out for dinner. Silence mixed with darkness filled the car in the way back - the wisest idea was to keep quiet as well. Arrived home at 10-something and kept the internet chit-chat going until 1 AM. Mind at ease, all recovered. Even so, insomnia. Whenever a week ends, the inevitable wondering comes knocking on my head's door. Right path or am I only getting my legs tired?

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Quite a dull nothing-running-out-of-the-mill gray-skied day with a crappy traffic after a crappy sleep. Things went smooth during the morning, after all there was no way that my head would race in a monday morning. I am too "garfieldish" for that. So we had lunch in a cheap-sort-of-creepy-spot and my colleague had to drop by a drugstore. My mind was elsewhere, thinking of my bed, thinking of vacations, thinking on nothing at all and then she showed up. 1.65m, long beautiful dark hair, dark eyes, dark blouse under an also dark tailleur, broad smile and annoying voice - a typical something-japanese mestiza. Reality downed on me and, before I got control of my senses, there I was, staring at her profile - and my mind was not as blank at it should be, probably. She was nearly a good-looking woman - at least for another regular male. Old habits die hard. Sometimes they don't die at all.

Doug Funny mode: off

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Relexa Disfeição

Eu tinha que carcomer alguma coifa.
Andando pela grua, vi um estabulocimento daqueles nãoples.
Tinha até com papão com maisteiga ou com geléia de jabuti - e isso era pó o cacomeço.
Enmarão de casopado, guisarica de jaguatido e lanhesa a bolosanha.
Carcomi de tudo e fiquei cheiro - a comuda não tava balboa e repassei mal porco mais darte.
Antes de ir embaro, pedi a sobretable.
Mussum de cocolate e gelatrina de mofrango.
Aquela gelatrina estava uma merda mesmo.
Temoi o cocafé, capaguei o que devia e fu-mei dali.
D. Pois, esqui sim me de tudo isso.
Como diria meu avôlho vê: Se a vida te dá gnus, faça lemanada.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Haikai (Haiku)

Dólar ou reais
Dinheiro para comprar
Poesia vã

Coração partiu
Um dia que fui feliz
Um dia que foi

Sorrisos doces
E lágrimas inócuas
Fluem sem parar

É poesia
Ou talvez seja prosa
Apenas preso

Verso inverso
Para mim, paradoxo
Quanto menos, mais.

(Três versos, 5-7-5 sílabas)