quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Formas Vazias

Sísifo é um assunto recorrente. Mas, é claro, é exatamente disso que se trata. A velha recorrência. As crises e os questionamentos que vão e voltam, ora do mesmo modo, ora com máscaras e rugas a mais, saúde e cabelos de menos. A mesma pedra, a mesma montanha.
--
Pão e circo. Séculos depois, a motivação permanece a mesma.
Uma hora o pão acaba ou apodrece. E, na verdade, só quero ver o circo pegar fogo.
--
No paralelepípedo em que me encontro com portas e janelas fechadas
Os olhos também entreabertos tentam espiar o momento em que poderei sair
Até lá, com as mãos cubro os ouvidos para não te ouvir chorar.
--
A culpa e o ressentimento ficam bumerangueando. É uma bobagem acreditar que basta ser forte e jogá-los pra longe. Forma a elipse e lá vem eles de novo. Deixa no chão, deixa?
.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Just like the Three Wise Men

Brilha como diamante
O olhar de amante
Lágrimas de pérolas
Salgadas
Tão carinhosamente colhidas
e guardadas
nas noites já perdidas

----

Mãos grandes
apequenam-se
A pequena convicção
de uma grande dúvida

----

Correndo atrás de uma estrela
Que ainda não consigo ver brilhar
Para um destino que teima não chegar
Para um ano que começa enquanto
este leva uma eternidade para acabar
.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Still there, middle of nowhere

UM) O nosso tamanho é inversamente proporcional ao tamanho do mundo que vemos. Assim que a gente percebe aos poucos como nossos sonhos e desejos são tão insignificantes - assim como acreditar que a nossa vida e existência fosse de algum modo realmente influente na roda gigante do universo. O nosso tamanho é diretamente proporcional ao tamanho do vazio em que vivemos.

DOIS) Não há compreensão completa do lado de fora. Os esforços inúteis, apesar de sinceros, não surtem efeito algum na realidade compartilhada apenas consigo mesmo. Em suma, não se deve alegar entender a situação alheia por intermédio de clichês mal posicionados. Se isso fosse necessário e eficaz, as apresentações enviadas por email serviriam para gerar epifanias e resolver crises existenciais.

TRÊS) Acostuma-se a viver em um complexo labirinto de ilusões em que conseguimos entrelaçar tantas mentiras de que quaisquer decepções podem ser facilmente amparadas por uma nova inverdade. Tudo isso para não encararmos a incerteza que a verdade pode trazer. Por isso diz o dr. Cal Lightman: "Felicidade ou verdade. Nunca ambos." Claro, nesta afirmação considera-se que a felicidade é apenas uma ilusão coletiva e não um objetivo utópico.

QUATRO) Errar é humano. Repetir o erro é mais humano. Algumas lições devem ser marcadas a fogo em nossa pele. As principais, as que não devemos nunca esquecer, as que farão parte de todas as decisões feitas e passos dados durante a nossa existência. Como um prego que para ser fixo deve receber diversos golpes de martelo, assim funciona com a persistência humana em alguns erros. Pense no seu calcanhar de Aquiles, a área em que mais se é fraco. É justamente lá em que os erros irão se repetir, para que além de se fortalecer, se possa sempre lembrar de que não ultrapassamos em nenhum ponto a reles humanidade.

CINCO) Busca-se assim um socorro, uma luz, algo que guie o(s) próximo(s) passo(s). Então começa a jornada em busca disso tudo. A procura é vasta, busca-se no ambiente, nas condições, nas pessoas que te cercam, dentro de si mesmo. Esquece-se quase sempre que mesmo que o que foi construído no decorrer da existência tenha sofrido avarias, raramente o alicerce é abalado. E no alicerce estão gravadas as direções para onde devo procurar. "Elevo os meus olhos aos céus, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem de Deus." "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos." Como disse um amigo, os três reis magos tiveram que olhar para o céu para saber para onde deviam ir. Acho que do mesmo modo achamos o nosso caminho.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Só, letrando

Ávido leitor, sempre com um livro à tiracolo. Gostava de ler sobre história e tudo que moldou a sociedade e o mundo em que ele vivia, mas preferia os romances e a ficção. Na ficção, não havia limites, não havia regras nem lógica a ser aplicada. Sempre é possível voltar atrás. Viagem no tempo, realidades paralelas, apagar memórias, mudar trechos específicos da vida. O mais importante é que os livros não alteravam suas palavras, os livros não mentiam a respeito de si. Se você o julgar pela capa, mesmo que o conteúdo te faça mudar a opinião, a capa permanece a mesma. Uma das personagens que Martin Page criou dizia que quando crescesse, queria ser escritora ou coveira, porque apenas os livros e os mortos não mentem e não mudam. Ele, quando crescesse, queria ser morto ou livro, livre jamais.

Mas não tem como ser tão simples, aos poucos percebeu que haviam entrelinhas, mensagens subentendidas, metáforas e outras figuras de linguagem que, ora por outra, dizem o que não é dito de fato. Quando se acostumou a ler, via em cada palavra as suas letras. Cada qual podia ser uma nova palavra, uma nova frase, um novo livro. Não encarava mais cada palavra como um componente errático encaixado de modo inteligente pelas mãos letradas do escritor - mas cada qual possuía em si a capacidade de se desconstruir (e desconcertar) e formar em si só muito mais. Por ver tamanha individualidade nas palavras, sabia também da individualidade que possuía em si. E dessa individualidade, surgia a vergonha inevitável de ver suas letras espalhadas em histórias que não gostaria nem ao menos de ter lido, quanto mais reconhecer nelas o traço de sua autoria. Os olhos entreabertos ao olhar pra trás retratava bem em seu rosto o que tudo aquilo representava para si mesmo, a incapacidade de esquecer e a vergonha.

Quando era criança, ouvia com frequencia as pessoas dizendo: se Arrependimento matasse, eu teria morrido. Se eles soubessem que o arrependimento realmente mata, não usariam essa expressão tão leviana. Ainda mais porque o arrependimento é apenas o A, a primeira letra e o início de tanto mais que há de vir. "Se não tivesse dito tanta coisa". Arrepende-se apenas quando não se encontra no hoje, lógica para justificar o que fora ou não feito, o que fora ou não dito. E talvez por isso se arrependia, porque em sua mente não encontrava no presente razão para que suas letras escrevessem (e se perdessem) em textos tão vexatórios. Depois vem a Revolta. A sua revolta apenas tentava aplacar o arrependimento existente, ou talvez apenas convencê-lo de que o problema não é "o que" foi feito e sim, "como" foi feito. "Se não tivesse exagerado na dose". A revolta trouxe um conforto temporário, pois independente de como se explica, o erro, seu erro permanece indelével.

Na vida não se deixa palavras pela metade, mesmo que em algumas ocasiões tentemos cortá-las no meio. Neste caso, a caneta, enquanto traçava o começo, já havia, em si, decretado o fim. Assim, a escrita continuou e veio o REmorso. Ele surgiu quando ele percebeu que a revolta era vazia e o só lhe restava terminar o prato que ele mesmo havia preparado e posto à sua própria mesa. "Nosso amor se transformou em bom dia". Remorso é perceber que tudo aquilo se tornou só isso. Logo viu que já havia ido longe demais para voltar atrás, porém não havia a frente de si um destino que lhe apetecia. Surgem assim as PENdências, que são os pequenos passos (e penitências, muitas vezes auto-impostas) visando chegar em um objetivo que ainda não se vê. "Qual o segredo da felicidade?". Quantas vezes se perguntou qual o segredo, qual o caminho. Antes disso, será que realmente merecia tudo isso depois de tamanho desperdício? Quando caiu em si, só conseguia ver a DIstância. Não apenas a distância entre onde estava e onde queria estar. Mas também a distância de onde poderia estar e onde de fato estava. A distância que acabou criando entre si e os que admirava, entre si da realidade e o si que existia apenas nas fábulas em seu coração. "Sem teu carinho e tua atenção". Não conseguia reconhecer-se em si mesmo, não queria, a bem da verdade. Dizia em suas lamentações silenciosas: O que eu sou odeia o que me tornei.

Não querer encontrar dentro de si o responsável pela queda, o levou diretamente às MENtiras, que com seu gosto doce agradava o paladar e eram ditas aos ventos com facilidade. Mas, no âmago, tinham o gosto mais amargo. O que não mentiu disse que o que estraga o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai dela. "Se não tivesse inventado tanto". E foi tanta fábula disparada que aos poucos não sabia mais diferenciar a mentira da verdade. A caminhada se tornou tão sinuosa que perdeu-se no TOrmento da sua própria alma. O seu arrependimento se soletrava assim, mas será que acabaria desta maneira? "Podia ter vivido um amor".

Pensou em parar de ser (ou ler), afinal toda esta história poderia se resumir nas letras em vermelho. Mas, se não fosse livro, só lhe restaria a alternativa. Decidiu que a última palavra não seria a que tinha acabado de soletrar, mas não tinha idéia se havia ainda em si a capacidade ou as letras para (re)escrever o que restava de seu livro. "Será preciso ficar só pra se viver?" Escreveu então em voz baixa, com um lampejo de fé de que ainda haveria um leitor que não desistiria de lê-lo: Se viver, lerá.

________________________________

Os inserts entre aspas são da música Grand'Hotel do Kid Abelha. Para quem não conhece, clique.
.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Com as duas mãos no volante

Bifurcação em frente, um muro no meio. O homem está no volante e tem que virar à esquerda. Ao seu lado, a mulher não tem outra opção a não ser ir para a direita - é o caminho dela. Ele tomou a decisão e possui o volante nas mãos. E aí ele faz o que todo homem costuma fazer em uma situação desse gênero: cita o óbvio (Vamos bater!) e joga a decisão para a pessoa sentada ao seu lado (Eu não posso ir com você, mas você que sabe se quer continuar aqui.), mesmo sabendo que não há um outro caminho que ela possa seguir a não ser o oposto do que decidiu tomar. A suposta isenção de responsabilidade depois serve de justificativa por eventuais acidentes, ainda mais quando é corroborada pela postura da passageira que se mostra irredutível quando o assunto é mostrar o que realmente se passa consigo. Ela diz que não liga se ele pode ou não ir com ela, começa então a (ainda mais) intensa e frequente mudança de comportamento. Nos momentos de sensatez, pede pra descer e começa a seguir seu próprio caminho. Nos de orgulho ferido, volta para o carro alegando, novamente, não se importar com o destino que ele vai.

Ele assume a não tão confortável postura do "eu avisei" e ela coloca os esmagadores sapatos do "eu não me estou envolvida". O que ele não sabe é que simplesmente citar o óbvio e jogar a responsabilidade pro lado de lá, não vai inocentá-lo por ter trazido a passageira do carro - e não adianta alegar que ela veio porque quis, ainda mais porque as suas mãos estão no volante, os seus pés nos pedais e o caminho traçado na sua mente. Ela, do outro lado, não sabe que mentir descaradamente alegando não se importar é apontar a arma carregada para o próprio peito, com disparo certeiro caso os caminhos se separem apenas na bifurcação. Rupturas assim não andam de mãos dadas com readaptação - por isso mesmo que é bem provável que ele vai novamente carregar em seu carro outras passageiras reticentes e seguir o mesmo roteiro. Enquanto do outro lado, ela também irá pegar carona com motoristas que não se importam com o caminho que ela quer seguir - ou que apenas se importem mais com o próprio caminho.

Um outro acontecimento comum é quando as contrapartes realmente se importam um com o outro - mas não o admitem por alegarem que se as cartas estiverem na mesa, a separação seria pior. Ledo engano, erro crasso. Apenas a verdade (o que inclui, sem dúvida, abrir mão do orgulho e da ilusão do controle) é capaz de fazer com que ambos sigam seus caminhos sem olhar para o retrovisor com dúvidas. Jogar limpo faz com que, de repente, haja a tomada de decisão de mudar o lado da curva e tentar prosseguir juntos - ou simplesmente haja a compreensão sem arrependimentos de que, em algumas vezes, os caminhos se cruzam por tempo determinado. Por mais que tenhamos o volante nas mãos e o poder de guiar as nossas curvas, não temos como andar fora de um caminho. Em cada curva feita, para cada nova estrada que trilhemos, deixamos pelo caminho as marcas de nossos pneus. Mas deixamos também alguns dos passageiros que estavam conosco (ser humano é ser motorista e passageiro ao mesmo tempo) e levamos outros que encontramos no caminho.

Portanto, homens, sejamos sinceros em relação ao nosso caminho, sejamos verdadeiros homens ao assumirmos a responsabilidade de ter o volante nas mãos e deixemos de lado o costume de apenas citar o óbvio - falemos também sobre como vemos o óbvio. Podemos nos surpreender com a visão da passageira ou como a nossa visão é passageira. Quem sabe até retardemos a nossa velocidade ou mudemos a rota para que possamos trilhar um caminho de verdade, realmente acompanhado.
E, mulheres, são usem os sapatos mais apertados que os próprios pés - literalmente(ish), desçam do salto da suposta indiferença e joguem com sinceridade. Se houver reciprocidade, a carona será completa. Se houver desdém, mesmo com o orgulho ferido, as suas pernas estarão fortes o bastante para seguir o seu caminho. Mulher de verdade é aquela que entende que ter um coração que bate não a faz uma mulher fraca (ou retrógrada).
Isto independe do muro que se apresenta nas nossas bifurcações - seja diferença de raça ou credo, seja diferença de idade, aceitação da família, crise de valores ou a distância (que bem se encaixa na analogia proposta). No fim do dia, somos os únicos responsáveis pelo modo como dirigimos pelo caminho e se estaremos sozinhos (ou não).

-----

O propósito desse texto não é julgar ou apontar dedos - ainda mais com a certeza de que nesse caminho já fui tanto culpado como vítima - mas sim trazer à luz uma questão que vem sido discutida em diversas ocasiões, com diversos personagens principais (inclusive este que vos escreve), porém sempre com o mesmo desfecho e posterior epifania. Além disso, o modelo homem dirigindo / mulher passageira foi adotado por ver a história se repetir sempre nesse padrão, não por adotar uma postura patriarcal.
.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Last steps - Dias 17 até 21

Do 17º dia em diante, não houve muitas novidades. Fomos ao cinema (em um Cinemark em Orlando) e assistimos Invention of Lying - o filme é bem legal. Passamos outra vez no Outlet, almoçamos no KFC, arrumamos as malas e voltamos para NY. Em NY, compramos os jogos de videogame, visitamos mais algumas lojas e compramos souvenirs. No último dia, ficamos conversando e mal dormimos até a hora de pegarmos a SuperShuttle para o aeroporto. Os vôos foram super tranquilos, não conseguimos sair do aeroporto do México por falta de dinheiro. O vôo do México foi bem sossegado, chegamos mais cedo que o esperado. Não tivemos problemas algum na alfândega e por volta de 13h30 na sexta, estava em casa.

Dicas

- Os últimos vôos do dia geralmente acabam saindo com algumas poltronas vazias, ou seja, mais chance de conforto para os viajantes de classe econômica.
- O serviço de Supershuttle de ida e volta dos aeroportos em NY é muito bom - você pode inclusive deixar tudo reservado pelo site.

------
Em breve, colocarei as fotos no Facebook/Orkut. E assim, encerro o relato da viagem e desativo o modo Doug Funny.

De volta à programação normal.
Até mais ler.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Outletting / American Way - Dias 15 e 16

Dia 15 - Outletting - 03/Outubro


Acordamos tarde, acho que a correria dos dois últimos dias nos cansou bastante. Ficamos no hotel até 13h e almoçamos um prato que compramos no Wal Mart. Depois fomos ao Premium Outlet, fica perto do hotel, uns 10 minutos de carro. Chegamos lá e o local estava lotado - fora que o calor estava absurdo (acho que todas as previsões de tempo que a gente viu aqui nos EUA estava erradas). São muitas lojas e realmente tem MUITAS coisas pra se ver e comprar - mas como somos XY, não tem como ficar muito tempo em um lugar desses (principalmente porque não tem lojas de eletrónicos ou algo assim). Acho que as melhores lojas que eu vi são as da Adidas, Hugo Boss, Tommy Hilfiger, Levi's (sem dúvida) e algumas outras que eu não lembro. Se for visitar o site, tome cuidado que as lojas listadas lá são todas as lojas de todas as unidades - não quer dizer que vai ter na filial de Orlando.

Voltamos e passamos na Comp USA para ver uns apetrechos de computador pro Flávio e depois passamos no hotel antes de jantar. Aproveitamos que estava calor e resolvemos dar um pulo na piscina.

Fomos jantar novamente no IHOP - que se tornou um dos nossos restaurantes favoritos (comida boa, bebida refil, preço baixo e bom ambiente e atendimento). O único ponto "negativo" é que temos que atravessar a rua pra chegarmos lá. Ok, exageros à parte, depois do jantar voltamos pro hotel e aproveitei pra arrumar umas coisas já que temos só mais dois dias aqui.

Decidimos ir amanhã a tarde no Outlet Prime e depois pegar um cinema. Mas os planos estão sujeitos à mudanças.


Dicas - Dia 15


- Se você tem problemas com muita variedade, o ideal é ter uma lista do que irá comprar antes de ir nesses outlets

- Os pratos prontos resfriados são muito saborosos - não tem aquele gosto de isopor.

- Se quiser comer muito bem (porções generosas) e gastar cerca de 10-15 dólares, a sugestão é o IHOP.

- Se for comprar uma mala barata só pra levar coisas pra casa, você pode comprar em algumas lojas que tem na Intl Drive.


Dia 16 - American Way - 04/Outubro


Acordamos um pouco mais cedo, mas resolvemos estender o período de descanso no hotel. Almoçamos um outro prato pronto do Wal Mart e saímos para ir ao Outlet Prime. Achei muito melhor que o Premium, as lojas eram melhores, tinha mais variedade e opções, fora que também tinham muitos brasileiros - e isso sempre ajuda um pouco na hora de conseguir descontos. Na volta vimos diversas lojas no caminho da Intl Drive que queremos visitar amanhã.


Dicas - Dia 16


- Subindo a Intl Drive, você irá achar diversas lojas com vários produtos diferentes - algumas, inclusive, com atendimento em português e benefícios para os nativos da terra tupiniquim.

domingo, 4 de outubro de 2009

Universal and the Island / The Busch - Dias 13 e 14

Dia 13 - Universal and the Island - 01/Outubro


Acordamos atrasados. Não deu tempo de tomar café, comemos apenas um donut com um copo de suco e saímos umas 8h30 para ir ao Universal Studios. O parque fica muito perto do hotel, levamos cerca de 10 minutos para chegar lá. Na bilheteria, decidimos comprar o ingresso para os dois parques em um dia. Começamos pelo Universal e a sequência das atracões foi mais ou menos a seguinte: Shrek 4-D (boa), Rip Ride - montanha-russa (ótima), Twister (razoável), Revenge of the Mummy (ótima), Disaster (ótima), Men in Black (ótima), Simpsons Ride (ótima), E.T. Adventure (para crianças, boa), Terminator 2 (boa).



Pulamos para o Island of Adventures e visitamos as atracões nessa ordem: Hulk montanha-russa (demais), Amazing Spider-man (ótima), Doctor Doom's Fearfall (razoável), Storm Force (lixo), Jurassic Park River (ótima), Dueling Dragons montanha-russa (ótimas), Ripsaw Falls (aquática, ótima) e Popeye's Bilge-Rat Barges (aquática, ótima). Voltamos para o Universal, fomos ao Jimmy Neutron (para crianças, fraca) e depois demos mais uma volta e passamos por umas lojas. Por volta das 17h30, saímos do parque e chegamos no hotel umas 17h50.



Tomamos um banho, descansamos até umas 19h30 e fomos para o Florida Mall novamente. Comprei um boné na Rip Curl e o Flávio comprou uma bermuda. Ele passou na Ritz Câmera para comprar algumas coisas e depois achamos em um dos quiosques do shopping uma mala bem grande e barata - compramos. Procurando a saída, fomos abordados por uma menina de um dos quiosques que vendiam perfume. Ela perguntou de onde éramos e quando falamos Brasil, ela mostrou que o papel de parede da loja era a bandeira do Brasil e que os brasileiros tem desconto de quase 50%! Comprei um perfume por 50 dólares (o preço original era 97 dólares). Voltamos para o hotel e depois dos respectivos contatos virtuais, fomos dormir.


Dicas - Dia 13


- O estacionamento da Universal custa 12 dólares, melhor já levar o dinheiro trocado e também chegar cedo para parar mais perto do parque (fora da área "vip").

- Se possível, a melhor opção é não levar mochila, mas como é praticamente impossível, que seja uma pequena (e com uma bolsa impermeável para deixar a câmera). Não se pode levar as malas em quase todas as atracões - em algumas, o armário não é pago. Para as aquáticas, o custo é de 3 dólares. Melhor não gastar com isso.

- Visitar os dois parques em um dia só vale se for em dias em que não há muita fila.

- As atrações aquáticas são muito boas e deixam ensopados.

- Comprar perfumes no Florida Mall (quiosque perto da Macy's).


Dia 14 - The Busch - 02/Outubro


Saímos de Orlando por volta de 8h50 para irmos para Tampa. O caminho é bem tranquilo, não tem como errar, só prestar atenção. Chegamos no parque umas 10h15 - o parque é uma espécie de mistura de Hopi Hari com zoológico, e é simplesmente demais. Muitas montanhas russas, brinquedos que ensopam e até direito a um mini-safari em um jipe! Cada área do parque tem o nome de um local na África: Marrocos, Congo, Timbuktu, Nairobi, Egito, etc. As montanhas russas mais legais são: a Kumba (várias espirais), a Sheikra (com uma queda com mais de 90 graus) e a Montu (com os pés soltos e muito longa). O parque fica aberto até 18h mas como não tinha filas (o máximo que esperamos em um brinquedo foi uns 3 minutos), por volta das 16h já havíamos dado duas voltas no parque e repetido alguns brinquedos.



Resolvemos voltar mais cedo e saímos de Tampa por volta de 16h20. Pegamos um pouco de trânsito na volta - acho que no final de tarde de sexta feira tem trânsito carregado no mundo inteiro. Chegamos no hotel um pouco antes das 18h e a International Drive estava bem lotada - aqui fica bem agitado nos finais de semana. Tomamos um banho e fomos ao Wal Mart comprar mais algumas coisas pra comer. Depois passamos na Best Buy e na Barnes & Noble (ficam uma do lado da outra na Orange Blossom Rd) e voltamos para o hotel para deixarmos as compras.



Saímos para andar na Intl Drive e achar um local pra comer. Fomos a um restaurante que era caro e a comida era razoável - voltamos pro hotel umas 11h30. Aproveitei para organizar os papéis do cartão de crédito, listas de compra e fazer contas - acho que deveria tê-las feito mais cedo.


Dicas - Dia 14


- O estacionamento também custa 12 dólares. As dicas são as mesmas: chegar mais cedo (o parque abre às 10h e o estacionamento às 9h30) para parar mais perto.

- Ir durante a semana parece ser a melhor opção - sem filas dá pra aproveitar muito mais o parque e sair um pouco mais cedo de Tampa.

- Nesse parque, não leve mochila. Todos os armários são pagos para deixar as coisas. Eu levei no bolso da bermuda dentro de um saco plástico: a carta de motorista, alguns dólares, a máquina fotográfica e a chave do carro. Deixamos no carro o passaporte e as carteiras.

- Usar roupas leves e que sequem fácil. Uma boa opção é ir de chinelo e, para as meninas, usar biquini por baixo da roupa.

- Deixe umas toalhas no carro para não entrar molhado e se sentar no carro.

- Se possível, tente manter um controle diário dos custos. Guarde as notas e não perca a noção de quanto se está gastando.

.

Orlando / The Lazy II - Dias 11 e 12

Dia 11 - Orlando - 29/Setembro


Acordamos cedo e já com as malas prontas, fomos tomar café. Saímos do hostel as 10h, depois de nos despedirmos do Serge e do pessoal do quarto. Resolvemos sair bem cedo para evitar eventuais contratempos no caminho para o aeroporto. Pegamos o metrô na linha 6 e conectamos na linha F na Lexington Av. com a 63rd st. A linha que vai para o air train é a linha E (a linha F vai para o terminal que tem o ónibus para o aeroporto). Tivemos que voltar uma estação e transferir pra a linha correta. Pegamos o air train e chegamos ao aeroporto umas 2h30 antes do voo. Comemos no Wendy's (uma espécie de Arby's) e o lanche estava bem gostoso. A Delta agora tem wi-fi no avião, mas não conseguimos acessar.



O voo foi bem tranquilo, mas houve um atraso para decolar. Chegamos em Orlando umas 17h30, pegamos as malas e o carro e viemos para o hotel. A cidade é completamente diferente de NY, parece um outro país. Completamente espaçoso, ruas largas e tudo fica longe (precisa mesmo de carro). Chegamos no hotel umas 20h e as mudanças continuaram.



O lugar é confortável a beça, duas camas de casal, uma boa ducha e ar condicionado. Depois de arrumar as coisas, saímos pra jantar umas 22h. Decidirmos ir a um lugar aqui por perto já que o restaurante do hotel já havia fechado. Na frente do hotel há algumas opções e acabamos escolhendo um restaurante chamado IHOP. A comida é excelente e comemos bem pela primeira vez em uma semana. Frango, arroz, brócolis, purê e onion rins. Com o estômago cheio, voltamos pro hotel, acessamos a internet (wi-fi de alta velocidade e de graça) e assistimos o primeiro episódio da sexta temporada de House! Decidimos que amanhã teríamos um dia de descanso, pra aproveitar o lugar. E fomos dormir por volta de 1h30 da manhã.


Dicas - Dia 11


- Indo para o JFK, caso vá pegar o air train, pode pegar a linha F, mas lembre-se de descer na estação Union Turnpike e se transferir para a linha E.

- No aeroporto de Orlando, para voos locais, a retirada de bagagem é feita em um prédio separado do terminal.

- Caso vá alugar um carro e não esteja sozinho, melhor que um vá direto para o balcão e o outro busque as malas. Acaba-se formando uma fila enorme e demora um pouco pra retirar o carro.

- Tente andar com algumas moedas e trocados para pagar os pedágios


Dia 12 - The Lazy II - 30/Setembro


Acordamos meio-dia. Eu peguei o computador e preparei uns posts, fiz umas cruzadinhas. Por volta de umas 14h30, saímos pra almoçar, comemos em um restaurante chinês aqui na frente do hotel (Panda Express), a comida é bem gostosa. Fomos ao Wal Mart e compramos algumas coisas pra deixarmos aqui no quarto (pão, alguns donuts, salgadinhos, queijo, refrigerante e suco).



Depois de nos arrumarmos aqui no quarto e estarmos bem habituados, decidimos sair para conhecer o Florida Mall. O lugar é gigantesco e tem umas lojas soltas no terreno, fora que tem até um hotel no meio de tudo. Achamos algumas lojas legais por lá, tem duas GameStop (loja de games que tem jogos usados) - comprei o carregador da Nyko para os controles do Xbox. Eles tem também várias outras lojas, mas como chegamos lá 20h30 e o shopping fecha as 21h, acabamos não conseguindo ver muito. Amanhã se der, vamos passar lá depois que voltarmos do Universal Studios.



Voltamos para o hotel, comemos e resolvemos baixar uns episódios de seriados para assistir. Como o sono não vinha (afinal, havíamos dormido demais), vimos mais um episódio de House e dois de Big Bang Theory. Dormimos depois das 2h, quase 3h.


Dicas - Dia 12


- Comprar comida em um mercado é um bom modo de economizar

- Dirigir em Orlando é bem simples, as ruas são bem amplas e o trânsito flui bem. Só não esqueça de respeitar os limites de velocidade e os faróis. Se perdeu uma entrada, nada de "dar um jeitinho". Logo você encontra um retorno.

- O Florida Mall pode não ser a opção mais barata para comprar roupas e tal, mas vale a pena visitar. Já que estamos no país das compras, algo de lá pode te interessar.

- Na International Drive você vai encontrar quase tudo que precisa - e o que não está aqui, está há no máximo 10 minutos de carro. Shopping, Best Buy, Barnes & Noble, etc.

.

Soho / First farewell - Dias 9 e 10

Dia 9 - Soho - 27/Setembro


O dia começou com chuva, então desistimos de ir ao cais. Fomos ao prédio da ONU, almoçamos no Mc e então fomos para a etapa de compras do dia. Começamos na Niketown, a loja tem 5 andares e bastante variedade. Depois fomos para o Soho. Chegando lá, paramos em um Starbucks e depois demos um pulo na loja do MoMA, vale muito a pena ir. Um monte de bugigangas e utensílios de utilidades diversas. Depois fomos para a Levi's, Daffy's e por fim entramos na YRB (Yellow Rat Bastard).



Parecia uma loja mediana, mas acabou por ser uma das melhores do dia! Além disso, eles tem um estoque de calças da Levi's com preços mais baixos e quase todos os tamanhos - aproveitei pra comprar a primeira calça jeans. Para encerrar o dia, passamos na Apple Store do Soho - a maior do mundo. O lugar é bem bonito, com um auditório com workshops de graça sobre todos os sistemas da Apple. Após umas compras, voltamos para o hostel e fomos comer uma pizza no jantar.



Depois ficamos no quintal, eu fazendo uma etapa de um programa de traina e o Flavio configurando o brinquedo novo dele. Em um pequeno intervalo, fiquei conversando com um cara da Zâmbia (que mora na Rússia e faz Engenharia Elétrica lá) e dois russos. Depois de terminar a atividade, postei e fui ler mais umas páginas do livro - já que havia perdido o sono. Fizemos rapidamente um planejamento para o último dia em NY e, enfim, o esperado sono.


Dicas - Dia 9


- Visitar o Soho logo no início da viagem pois provavelmente você vai querer voltar lá

- Andar com o mapa em mãos sempre

- Comprar calças da Levi's na YRB

- Comer o donut glaceado do Starbucks (Glazed old-fashioned).



Dia 10 - First farewell - 28/Setembro


Último dia em NY, amanhã vamos para Orlando. Não tínhamos nada especial planejado, apenas precisava comprar uma mala e, se desse, comer em um restaurante japonês que vendia okonomiyaki. Fomos tomar café no Starbucks e depois pegamos o metro até a Astor Place.



Fomos à Bag House e comprei uma mala muito boa por apenas 45 dólares. Aproveitamos para ver algumas lojas na Broadway, como a Supreme e depois fomos para o restaurante japonês - o nome de lá é Otafuku e fica na East 9th, que aliás é uma rua com muitos restaurantes japoneses. Comemos por lá e depois voltamos para o hostel, onde encontramos o Serge que acabara de voltar do passeio dele. Arrumamos a mala e tiramos um cochilo ligeiro. Mais tarde saímos para jantar e acabamos em um Burger King - má idéia, o lugar parecia bom mas o lanche e as batatas eram horríveis. Na volta paramos na Barnes & Noble, fomos seguidos pelo segurança do local e voltamos enfim para o hostel.



Ficamos lá na cozinha por um tempo e depois subimos para dormir. Acabei ficando mais uns minutos lendo um livro mas logo também deitei esperando que o amanhã chegasse logo.


Dicas - Dia 10


- Caso precise comparer malls, a Bag House (fica na Broadway Av. entre as 10th e 11th St.) é uma boa opção. Um monte de modelos e também umas pechinchas.

- Fuja do Burger King, extremamente oleoso e sem sabor.

- Nos dois lugares que comemos comida japonesa, ficamos bem satisfeitos. Se estiver em Manhattan, pode se arriscar sem se preocupar. Até pode pegar um onigiri no Sunshine Mart ao lado da St Mark's Bookstore na 9th com a Astor.

.

sábado, 3 de outubro de 2009

Books and shopping / The Lazy and the Square - Dias 7 e 8

Dia 7 - Books and shopping - 25/Setembro


O plano pra hoje era o de visitar as lojas que faltavam na lista que fizemos no Brasil e achar os pontos que queremos ir de novo quando voltarmos pra NY. Depois do café, fomos até a Grand Central Station e a primeira parada foi visitar o local do hotel que ficaremos quando voltarmos. Fica bem localizado, acesso rápido para vários lugares que queremos ver de novo. Fomos depois a umas livrarias japonesas e no meio do caminho paramos no Bryant Park, que tem uma estatua do José Bonifácio, presenteada aos EUA pelos Estados Unidos do Brasil. Achamos também uma comicbook store que é sensacional - além de ter plásticos para embalar gibis.



Passamos em duas livrarias japonesas, uma muito boa (Kinokuniya) e a outra nem tanto. Passamos na 8th Av. e depois na W 36th, que assemelha-se com a 25 de março, com várias lojas genéricas. Comemos em um restaurante japonês na E 35th e depois descemos para a Aston Place, visitamos algumas lojas de skate (a principal foi a Autumn que parece ter sido decepcionante para o Flávio) e passamos em um mercado japonês. A E 9th st. é uma rua cheia de restaurantes japoneses, inclusive achei um que quero ir). Depois subimos a Broadway Av., passando pela Strand Bookstore, uma espécie de livraria/sebo gigante com 3 andares. Chegamos à Union Sq. que parece uma Praça da Sé só que bonita, com vários músicos, pessoas jogando xadrez e etc.



Pegamos o metro e voltamos para o hostel - já estávamos bem cansados. O Flávio comprou e comeu seu primeiro pote de Haagen Dazs e depois tiramos uma soneca antes de sairmos pra jantar com o Serge. Comemos em uma burger houve muito boa e depois uns donuts de sobremesa. No final da noite, conversamos com duas meninas - uma texana e uma australiana) que estão no nosso quarto e depois verificamos os e-mails.


Dicas - DIa 7


- A numeração das grandes avenidas pode ser confusa. Alguns números não se encontram na avenida em si, mas podem invadir as travessas.

- Bom lugar pra comprar souvenirs - 5th Av. entre as 35th e 36th st.

- Se a viagem for longa, tentar separar um dia pra ficar sem fazer nada, dia de patrão.

- Visitar a Union Square e a Alphabet City (fica an Lower East Side)



Dia 8 - The Lazy and the Square - 26/Setembro


No sábado resolvemos tirar o día para descansar. Dormimos até tarde, saímos para almoçar e voltamos para o hostel para cochilar a tarde. À noite, fomos ao Guggenheim - no sábado, entre 5h45 e 7h15 você paga quanto quiser. A fila estava imensa, mas conseguimos entrar umas 6h30 (teríamos 45 minutos pra visitar tudo). Paguei 1 dólar e fui visitar a exposição de Kandinsky. O museu é muito bonito e o modo de exposição também. Há algumas galerias anexas que mostram a coleção permanente do museu e tem alguns quadros bem interessantes.



Conseguimos ver o museu e depois fomos ao Subway para jantar. Pegamos o metro e fomos para a Times Square para vermos a cidade à noite. No meio do caminho começou a chover de leve, mas mesmo assim valeu muito a pena - o local fica bem lotado e com todas as luzes, o local parece mágico. Visitamos as lojas da Hershey's e M&M's, passamos pela Toys 'R' Us e a TKTS, vimos o antigo painel da Virgin e também inúmeras lojas de souvenirs. No final, passamos no cenário do Late Show do David Letterman.



Voltamos para o hostel era meia noite, passamos na farmácia para comprarmos algo pra comer e ficamos batendo papo na cozinha do hostel com o pessoal. Um deles, o Carlos, nascido no Equador e atualmente vive no Chile, veio falar connosco em português. Bom, pelo menos ele tentou. Ele está nos EUA para prestar uma prova para uma vaga em uma extensão do curso de medicina na universidade de Kentucky. Um pouco depois de 1h da manhã, fomos dormir de novo.


Dicas - DIa 8


- Souvenirs na Times Square: os melhores preços entre as 51th e 52nd st. na 7th Av.

- Com o Halloween próximo, pode-se encontrar vários pacotes de doces mais baratos. Na loja da Hershey's o preço está bom também.

- O Guggenheim é um museu que se pode visitar em pouco tempo. Caso esteja com pressa, é uma boa opção.

.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

The 5th / Met - Dias 5 e 6

Dia 5 - The 5th - 23/Setembro

Fomos de manhã para o Metropolitan com mais dois colegas. David (australiano) e o Serge (holandês). Só que novamente o museu estava fechado! Aparentemente, por causa do comitê da ONU, o museu foi fechado para receber uns presidentes. Então decidimos ir para o centro e ver se faríamos algumas compras. Descemos na Grand Central Station e saímos pela primeira vez na correria de NY.


Perto da 42nd estavam filmando uma cena de um filme e vimos nossa primeira celebridade - Mark Wahlberg. O Flávio até tirou uma foto, mas não ficou muito 'boa'. Depois fomos a NY Public Library que é simplesmente sensacional. Passamos em umas lojas de bugigangas eletrônicas nas redondezas e depois paramos em uma loja de roupas esportivas - com o calor inesperado e aumentando a cada dia, o jeito foi comprar uma bermuda.
Depois disso, fizemos uma boa caminhada, passando pelo Rockefeller Center, Times Square e 5th Avenue. Visitamos várias lojas, dentre elas: NBC, Nintendo World Store (bem fraca), Barnes & Noble, uma livraria/sebo japonês, NBA Store, Levi's e Apple Store. No meio tempo, paramos pra comer um lanche no almoço que era tão gorduroso que causava paradas cardíacas apenas de segurá-lo.


Depois do almoço o David teve que ir embora, então ficamos apenas o Flávio, o Serge e eu. Subimos a 5th Av. até o Central Park, paramos em um café dentro do parque para descansar os pés cheios de bolhas. Depois de um banho gelado (calor absurdo), saímos pra comer uma pizza em um lugar perto do hostel. A dona era coreana, casada com um mexicano, fazendo pizzas kosher enquanto a tv estava em um canal de fala hebraica. A pizza não era das melhores. Depois conseguimos acessar a internet usando o PC do Serge e consegui responder uns e-mails, atualizar o twitter e de quebra ver o Palmeiras ganhar de 2x1 do Cruzeiro. Depois de umas ligações rápidas e umas páginas lidas do livro, encharquei a toalha com agua fria e dormi com ela envolta no pescoço - o calor é ainda pior no quarto.

Dicas - Dia 5

- Loja da NBC: se você é fã de House, Seinfeld, Friends ou seriados do gênero, essa loja deve ser visitada.
- Lojas da NBA e Apple Store também estão na lista do "must see".
- Fazer o Metrocard é a melhor opção para andar em Manhattan - considere uns 5usd por dia para duas passagens.
- Trazer Band-aids e pomada: seus pés agradecem.
- As programações dos museus podem mudar a qualquer momento. O jeito é ficar atento e verificar antes de ir visitar.


Dia 6 - Met - 24/Setembro

Depois de uma noite razoável de sono e umas fatias de pão no café, me troquei para irmos pela terceira vez ao Metropolitan. As pernas ainda estavam bem doloridas e as bolhas já dominavam alguns dedos dos pés. Mesmo com receio de dar com a cara na porta, partimos (sob o calor escaldante de NY). Chegamos por volta de 10h e, finalmente, conseguimos entrar. O museu tem "apenas" dois andares, mas tem tanta coisa que parece até maior que o AMNT. O foco é total em arte (independente do modo em que é expressa) e há muitas coisas interessantes. A parte de quadros europeus é bem extensa e interessante. No geral, para se ver o museu por completo deve levar umas 5 horas.


Sinceramente, se o tempo de visita à cidade for bem limitado, não recomendaria visitar o Met. O passeio é muito extenso e cansativo (principalmente para os não aficionados por arte), fora que as opções de comida são restritas e caras.
Por volta das 14h, saímos do museu, ficamos por um tempo sentados na escada e vimos um grupo muito divertido cantando "My Girl". Pegamos o metrô e fomos para o ground zero do WTC. O local está todo cercado então é praticamente impossível ver alguma coisa. Na frente da construção há um memorial, mas como é pago resolvemos não ir. O bairro em que ficava o WTC parece o centro de SP, bem velho e sujo. Pegamos o metrô e fomos para a estação Penn St., na 7th Av. com a 34th. Descemos em frente ao Madison Square Garden - que é bem grande, pena não ter começado a temporada da NBA para vermos um jogo do Nicks. Passamos então em uma Foot Locker e acabamos comprando uns pares de meia e camisetas. Depois fomos até a Macy's e, apesar das muitas opções legais, o preço é muito alto. Apenas dando uma olhada para depois achar nos outlets em Orlando.


Os pés já haviam pedido arrego, então voltamos para o hostel. Comemos em outra pizzaria - que também não era das melhores, mas por 2 dólares a fatia, tá ótimo. Matamos um tempo no quintal do hostel, planejamos a sexta-feira e depois de conferirmos o e-mail, fomos até a farmácia (Duane e Reade) para comprarmos bebidas geladas.

Dicas - Dia 6

- Não adianta visitar o ground zero de WTC
- Para os rapazes: meias e cuecas de ótima qualidade podem ser compradas por aqui por preços bem bons.
- As linhas de metrô são como um labirinto, portanto todo cuidado é pouco para não cair na linha errada. Atenção às placas e pergunte sempre.
.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Natural History / Italy and China - Dias 3 e 4

Dia 3 - Natural History - 21/Setembro

Acordamos umas 8h30 e tomamos café aqui no hostel. Saímos umas 9h30 para ir ao Metropolitan (ainda levando quase toda a nossa bagagem pois estávamos sem armário). A distância de uns 10 quarteirões razoavelmente pequenos e padronizados nos impulsionou a ir caminhando. O Met não abre às segundas, então resolvemos ir ao American Museum of Natural History (AMNT), pois era apenas atravessar o Central Park. Sem pressa, aproveitamos a caminhada pelo parque que é muito tranquilo.


Tiramos foto de uns esquilos, vimos algumas crianças brincando, descansamos um pouco. Chegamos ao AMNT às 11h30. O museu é enorme e sensacional. Tiramos várias fotos, vimos um show no Planetário e andamos até as pernas doerem. Saímos de lá umas 16h30, após uma parada para um lanche na praça de alimentação do museu. Voltamos novamente pelo Central Park e no caminho para o hostel paramos em uma farmácia e em uma loja da T-Mobile, onde compramos um chip de celular pré-pago. Na Lexington Av. com a 86th st., tem diversas lojas (uma Gamestop, uma H&M, uma BestBuy, uma Barnes & Noble e outras). Passamos na B&N e eu comprei meu primeiro livro - a loja é nova, então o estoque ainda está sendo montado. Quando chegamos ao hostel, algumas pessoas tinham saído do quarto (estamos em um quarto com 10 pessoas), então conseguimos pegar um armário - já é um começo. Colocamos os cadeados lá e descemos para ficar no quintal do hostel, trocar uma idéia e pensar no jantar. Depois de um tempo começamos a conversar com um pessoal. No papo estavam, além de nós, um francês, um uruguaio, dois californianos e uma alemã.
O francês se chama Arnauld (o único que sabemos o nome), tirou 6 meses pra viajar pelo mundo. Começou nos EUA, vai fazer uma roadtrip até a costa oeste (route 66), depois vai para a Ásia, África e de volta para Toulouse. O uruguaio estudou em uma faculdade que envia os alunos para viajar pelo mundo quando estão prestes a se formar. Começou na Ásia, foi pra Europa e hoje foi a última noite antes de voltar para o Uruguai. A alemã pelo visto gosta muito de beber, tanto que estava se gabando de ter ganhado de um irlandês em um drinking game - no mínimo impressionante. Os californianos vieram passar uns dias em NY pra visitar uns amigos. Contaram histórias engraçadas, as melhores sobre casos de DUI (quando se é preso por se dirigir bêbado), só que um dos casos foi em uma bicicleta (uma BUI) e a outra em um carrinho de supermercado! Todos eles ficam até amanhã no hostel, então vão sair para aproveitar a última noite e nos chamaram. Mas por questões físicas e financeiras, resolvemos ficar no hostel e dormir.


Dicas - Dia 3

- AMNT - começar a visitar dos andares mais baixos e ir subindo. São 4 andares e os dois primeiros são os mais extensos.
- AMNT - a entrada simples basta, não precisa pagar mais pelos "eventos especiais", questão de low budget
- AMNT - para não pagar o suggested value, basta falar no caixa quanto você quer pagar. E traga carteirinha de estudante, mesmo que não seja da ISIC.
- Caso não tenha acesso à internet, comprar um chip pré-pago vale a pena.
- Extrapole no planejamento pois a cidade é bem cara.
- Traga sabonete, cortador de unha, cotonetes, xampu. Comprar por aqui pode se mostrar uma tarefa não tão agradável. Principalmente sobre bucha de banho. A daqui destrói camadas da sua pele até a quarta geração.


Dia 4 - Italy and China - 22/Setembro

Acordamos cedo, tomamos café e fomos conhecer os bairros de Little Italy e Chinatown. Chegamos umas 10h20 e encontramos quase tudo fechado. Os dois bairros se misturam, como se você atravessasse a rua saísse do Bixiga e caísse na Liberdade. Chinatown tem um péssimo cheiro, uma mistura ruim de Liberdade com Sé, com algumas partes da Consolação. Andamos por lá até umas 12h e os lugares mais apetecíveis eram os restaurantes japoneses. Visitamos algumas lojas, descemos para a Broadway Av., depois passamos pela Brooklyn Bridge.



Visitamos as lojas da Paul Frank e Urban Outfitters antes do almoço em um restaurante mexicano, com direito a água refil, doritos caseiros e arroz e feijão. Andamos mais um pouco pela Broadway Av., passamos na Swatch e depois em uma livraria chamada St. Mark's Bookstore - simples, mas bem legal. Por volta das 15h30 resolvemos voltar, mas descemos na 86th st. (o hostel fica na 94th), para passarmos em algumas lojas. Passamos na H&M, compramos algumas coisas e depois fomos para o hostel, onde chegamos umas 17h30. Uma ducha e uma soneca de umas 3h para recuperar do cansaço. Umas 21h descemos para o quintal e conhecemos um holandês que chegou hoje. Psicólogo, já viajou o mundo todo e fala uns 6 idiomas. O cara parece ser gente boa e, como vai ficar até o dia 29 também, talvez a gente converse mais com ele. Jantamos um doritos e um cup noodles - comer por aqui pode ser bem enjoativo. Entramos na internet (paga) para pegar uns endereços das lojas que iríamos visitar amanhã e responder uns e-mails. E assim acabou o terceiro dia, faltam seis dias cheios pela frente.



Dicas - Dia 4

- Alternar entre um dia corrido e um dia mais calmo
- Caso vá a Chinatown, procure saber com antecedência o que quer visitar
- Vale a pena entrar em todas as livrarias que encontrar
- Converse com o pessoal do hostel. Você terá dicas de lugares para ir, idéias para próximas viagens e até algumas dicas de como não gastar
- Se bem planejada, uma semana é o bastante em NY (Manhattan)
- Programe-se para chegar nos lugares após as 10h (A não ser que já saiba o horário de funcionamento).
.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Up, up and away / Touchdown - Dias 1 e 2

Nos próximos posts o modo Doug Funny estará ligado. Vou relatar um pouco sobre a viagem de 20 dias para os EUA que começou em 19/setembro e acabará em 09/outubro.

Dia 1 - Up, up and away - 19/Setembro

Saída de Guarulhos às 23h20, o avião estava lotado e as poltronas eram um pouco melhores que da última vez que viajei, mas mesmo assim, espaço bem limitado. Nas próximas 9 horas, além da dor nas costas intensas, alternei entre cochilos rápidos, episódios de seriados e assistindo algum filme (assisti o do Wolverine e o novo da Nia Vardalos).



Dicas - Dia 1

- Além do óbvio, como chegar 3 horas antes do vôo e fazer o check-in o quanto antes, vale destacar que quase nada precisa ser declarado na alfândega - mesmo assim, caso leve câmeras ou notebook, uma passagem por lá é obrigatória.

Dia 2 - Touchdown - 20/Setembro

Chegamos no México por volta de 6h15 (horário local) e demorou uma hora até sermos atendidos e liberados pela imigração. Aeroporto simples, mas bem organizado. Na volta, há a possibilidade de darmos uma volta na Cidade do México, já que ficaremos 12 horas por lá - e a parte boa é que não precisaremos retirar as malas e despachá-las de novo, elas seguirão diretamente para o Brasil. 10h10 pegamos o vôo para Nova York, o avião era menor e eu ainda de quebra fiquei na frente da saída de emergência e a poltrona não reclinava. Aterrisamos em NY por volta de 16h15 (horário local) e a primeira frase ouvida em território americano foi "bienvenidos a Nueva Iorque". Apesar de um dos agentes da aduana estranhar o fato de ficarmos por 20 dias apenas com as mochilas e uma mala de mão, fomos liberados sem maiores complicações e atrasos. Mala em mãos, fomos em direção ao Air Train e conectar no metrô. No Air Train, tudo simples, mas o sistema metroviário é uma zona. Diversas linhas, algumas estações funcionam apenas em horários específicos e diferenças entre expressa e local. Depois de nos localizarmos, pegamos o metrô para Manhattan. Para conectar em outra linha, saímos da estação e andamos até a outra. A viagem levou uns 50 minutos.
Chegamos no hostel que fica na East 94th st, entre a Lexington e 3rd Av. Quando chegamos, uma das camas estava ocupada e não haviam armários disponíveis. O atendente disse que no outro dia teriam armários disponíveis, mas que teríamos que esperar. Colocamos então tudo de valor nas mochilas e fomos procurar um local pra jantar. Achamos um McDonalds aqui perto, voltamos para o hostel e dormimos com as mochilas ao lado de nossas cabeças na cama.

Dicas - Dia 2

- Se não for comprar um notebook, traga o seu.
- Tentar chegar antes de anoitecer para conhecer o bairro por perto.
- Trazer dinheiro trocado.
- Não levar dinheiro comprado para comprar alguma coisa, por aqui o imposto é cobrado separadamente, direto no caixa.
- Se ficar em hostel, tente buscar informações antes ou que seja recomendado por alguém que conhece.
- Mc Donalds e Taco Bell são opções de baixo poder aquisitivo extremo. Não espere ver celebridades por lá. O gosto do Mc, todavia, é exatamente igual ao do Brasil. Então é uma opção "segura".

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Assim falou o Xampu

Há um tempo, na hora do banho, estava lendo os rótulos dos xampus. Um deles, dos vários que as mulheres de casa usam, tinha uma frase esquisita atrás, que traduzindo do inglês era algo como: "Eu te darei o Complexo de Rapunzel!". Analisando a minha situação e o histórico folicular, não tinha como acreditar na promessa feita pelo xampu. Mas como eu acredito no benefício da dúvida, resolvi me arriscar e usei o resto do xampu.

O escarcéu começou com a briga entra as duas, troca de acusações e, por fim, olhares complacentes que se tornaram lancinantes quando ao mesmo tempo olharam pra mim. Pelo pouco que distingui na verborragia regada a perdigotos, aquele era um xampu muito caro (disso eu não duvidava, aparentemente tinha poderes mágicos) e elas estavam guardando o restinho pra usar naquele sábado, no dia do casamento de uma prima do interior.

Não entendi porque algo tão precioso era largado com desdém no meio da multidão, mas acho que isso acontece com mais frequencia do que imaginamos. E, se havia algum ímpeto de fazer a pergunta, os olhares rosnantes me desencorajaram. Acabei trancado no meu quarto, o cabelo ainda rareando. Xinguei o xampu que além de me gerar todo esse problema, ainda era um mentiroso. Olhando pela janela do 18º andar, ficava imaginando como seria bom estar lá embaixo, mas não tinha como descer. Se ao menos eu tivesse cordas longas, talvez tranças, eu poderia chegar lá embaixo.

Apesar do crescimento capilar sendo desafiado e inibido a cada dia, acho que ainda consigo deixar tranças crescerem. Apenas as tranças.
Acho que o xampu cumpriu a promessa.
.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Down the road

O trecho é percorrido em pouco tempo, beirando os 45-50 minutos. No final de tarde, o calor não dá trégua. Reticente, desço em direção ao metrô e a corrente de vento dá um alívio que sei que será temporário. Como se fosse um modo de dizer que dali em frente, a situação ia piorar. O metrô lotado, na baldeação além de lotado estava atrasado. Guardei o livro porque não havia condições de ler e quando desci do metrô, uma olhadela no relógio foi o bastante para ver que já se passavam das 18h. Não ia dar tempo de matar tempo na livraria, então comecei a descida em direção ao prédio da pós.

Apesar do calor, a brisa do crepúsculo era o bastante para evitar que o suor pasasse de algumas gotículas na testa. A caminhada é feita em silêncio, do mesmo modo como foi o dia até o momento. Chego cansado, mas não da caminhada. Só mais cinco dias e tanto trabalho pra fazer. Cansado de tanto silêncio e indiferença mesclado com espasmos de alegria. E a contagem regressiva continua.
.

sábado, 22 de agosto de 2009

Turning pages back and forth

Ainda me lembro quando, em 1994, minha mãe chegou em casa com o kit de lançamento do Retorno do Superman, vinha com um daqueles stencil para colocar na camiseta (que eu guardei por uns 8 anos até que em uma mudança, acabou se rasgando), alguns adesivos e o primeiro dos quatro volumes da história do Retorno, com a capa vazada e o símbolo do Superman/Ciborgue. Eu não faço idéia de quantas vezes eu li aquela revista, mas eu decorei os lugares dos desenhos e até algumas das falas - foi a primeira vez que eu li palavrão em um gibi, até então não tinha isso nas minhas 'leitulas'. Daí por diante, foram inúmeros dias buscando gibis raros e até consegui montar uma coleção boa (tinha quase todos os números publicados pela Abril e ainda alguns de antes da Ebal). Inúmeras noites indo dormir tarde lendo as revistas e torrando a mesada nas edições especiais. Aí tinham os fanzines também. Enfim, foram vários anos e vários R$ - sem nenhum arrependimento. Mas teve um dia que eu resolvi parar de vez (porque já tinha tentado umas duas vezes antes).

Eu havia esquecido como era legal ler quadrinhos. Tinha julgado que era uma fase encerrada. Mas temos alguns costumes/atividades na vida que fazem parte de quem somos e não algo ligado a faixa etária ou fase da vida. O fato é que quando nós começamos a repensar a vida e queremos galgar mais um degrau mas ainda não sabemos qual a escada correta, a gente busca refúgio nas certezas que temos.
Outra coisa que fazemos é retomar os costumes que deixamos para trás, aqueles que provavelmente não deveríamos ter deixado.

Coisa de criança mesmo é a eterna mania de querer ser adulto. Claro que não é nada fenomenal ou que gera reviravoltas na vida. É apenas algo que me faz bem. É um mundo do qual eu gosto de fazer parte.

Como um amigo disse - apesar de estar um pouco fora do contexto:
" Yet I never really run out of magic words, nor of shapes to change from and into: I only run, period."

De volta ao mundo que me faz lembrar que eu ainda tenho muito o que correr.
.