quarta-feira, 15 de abril de 2009

O pouco que me resta

Romântico veterano, invertebrado
Mesmo assim, um arquétipo bem articulado
Sem artimanha, nem armadilha
Sem prumo, nem rumo
Sigo a trilha

Romântico treinado, vacinado
Contra raiva, contra-ataque
Contraído, ora distraído
Sem eira, nem beira
Beira-mar, profundo
Mas no fundo, não deixei
Sigo a acreditar

No quarto e no bolo
As velhinhas velam e se apagam
Caquéticas e esqueléticas
Antevendo o inefável destino

A vela e o dente
Vencidos pelos anos
A chama perdida e o doente
O tempo segue fugaz
Sigo atrás, sem mais
nem menos

2 comentários:

DeDê disse...

Sigo a acreditar - gostei disso, a casca não tá tão grossa.
Sigo atrás, sem mais nem menos - não gostei disso e só.
Beijo
ai esse café que não sai...

Mikhailovitch disse...

como um copo são as mulheres.Uma hora, cedo ou tarde, todos ficam vazios.