quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Formas Vazias

Sísifo é um assunto recorrente. Mas, é claro, é exatamente disso que se trata. A velha recorrência. As crises e os questionamentos que vão e voltam, ora do mesmo modo, ora com máscaras e rugas a mais, saúde e cabelos de menos. A mesma pedra, a mesma montanha.
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Pão e circo. Séculos depois, a motivação permanece a mesma.
Uma hora o pão acaba ou apodrece. E, na verdade, só quero ver o circo pegar fogo.
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No paralelepípedo em que me encontro com portas e janelas fechadas
Os olhos também entreabertos tentam espiar o momento em que poderei sair
Até lá, com as mãos cubro os ouvidos para não te ouvir chorar.
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A culpa e o ressentimento ficam bumerangueando. É uma bobagem acreditar que basta ser forte e jogá-los pra longe. Forma a elipse e lá vem eles de novo. Deixa no chão, deixa?
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2 comentários:

kkmkaori disse...

Sísifo só se fu.

Mikhailovitch disse...

É uma questão de continuidade. Tudo que não para, continua. Para onde? Infinito? O que há no infinito? Não sei... só sei que quem foi voltou, afinal tudo continua por aqui. De alguma forma a questão da continuidade é que ela acontece de forma cíclica, para que não aconteça um fim ela deve recomeçar, e um dia vamos rever tudo o que ja aconteceu.