domingo, 9 de maio de 2010

Mãe

Mãe é o exemplo claro de que amor é cego - o filho é bonito, sempre o mais bonito.
Mãe é a última a desistir e a primeira a confiar.
Mãe também exagera - se não atendeu o telefone é porque foi preso ou sofreu acidente.
Mãe quase nunca erra em seus conselhos - testificam por mim os vários dias que tomei chuva porque não dei ouvidos.
Mãe não muda a percepção - mesmo com seus trinta e tantos, ainda é o filhinho.
Mãe tem percepção mágica - ela sempre sabia quando eu tinha derrubado coisas na cozinha, mesmo quando eu limpava tão direitinho.
Mãe tem percepção mágica (2) - tentar esconder alguma coisa é inútil (como sair escondido com os amigos).
Mãe dá bronca, pega no pé, dá uns cascudos e põe de castigo. Mas ainda dá risada quando a gente faz palhaçada.
Mãe sabe muito bem quando o choro é sincero. Ou se é apenas pra fugir da bronca (o que geralmente rendia mais algumas palmadas).
Mãe sacrifica, abre mão da vida e dos sonhos para que o filho possa viver e sonhar.
Mãe diz que filho é um presente de Deus, mas presente mesmo é o amor da mãe, que é o que mais se aproxima do amor de Deus.
Mãe tem seus momentos neuróticos, seus momentos difíceis e seus momentos de tristeza, mas não renega a responsabilidade que assumiu.
Mãe faz de tudo, mas sempre acha que ainda tem que fazer mais.

A minha conclusão é que faltam palavras para expressar o que 'mãe' realmente significa.
A minha convicção é que a minha dívida não poderá nunca ser quitada, mas isso não vai me impedir de tentar.
O meu agradecimento é por ser tudo isso e me ensinar a ser mais do que sou.
O meu presente é a promessa de fazer tudo para ser um filho que valha a pena.

E, claro, isso também vale para as avós que, por definição, são (mãe)².
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