segunda-feira, 16 de julho de 2012
Quatro simples sugestões para tornar nossa vida (inclusive nas redes sociais) mais tragável
1) Não se gabe por fazer algo certo
Não tenho nada contra quem gosta de usar as redes sociais para expor suas crenças, filosofias de vida e causas que defendem. As redes sociais deveriam ser uma extensão das nossas vidas reais mesmo, portanto nada mais natural que postar que você ama e defende os animais, gosta de Clarice Lispector, segue a Jesus Cristo, dentre outros. Agora, não venha se gabar porque está fazendo algo que considera correto.
Se você ajuda alguma causa e fica mostrando não para aumentar os adeptos mas para auto-promoção, você é patético. Se eu devolver o troco que recebi a mais na padaria, não fiz nada além da obrigação. O mesmo se aplica aos casos abaixo. Se você 'escolheu esperar', 'faz trabalho voluntário', 'respeita as pessoas', 'ama todas as mulheres independente do peso', você não fez nada mais que sua obrigação. Divulgar para ganhar simpatia ou "curtidas" anula toda a suposta nobreza do seu esforço.
2) Não se contente em apenas compartilhar o pensamento dos outros
Imagine conviver com uma pessoa que vive apenas citando o que os outros disseram. Nas redes sociais, é uma realidade. Se divulgar o pensamento de alguém, tente colocar em algum contexto que mostre como aquela frase é verdadeira. Mais importante que isso, tente ter alguns pensamentos próprios para compartilhar. Sei que é difícil, mas um pouquinho de esforço não faz mal pra ninguém. Os neurônios agradecem.
3) Não fique reclamando de algo que você pode resolver sozinho
Como a rede social espelha a vida real, vemos também um mar de pessoas reclamonas nas nossas timelines, murais e etc. Se alguém enche o saco, não fique reclamando ou mandando "indiretinhas", porque isso é ridículo. Você pode bloquear a pessoa, tirar ela da sua lista ou, mais importante que isso, você também pode sair da rede social. Lembrando que reclamar de quem já está reclamando, também é mimimi.
4) Separe o público do privado
Essa separação tem se tornado cada vez mais difícil de fazer. Se ao vivo as pessoas já compartilham mais do que deveriam, nas redes sociais elas tem feito isso com fotos, links, vídeos e outros acessórios que tornam tudo ainda mais tenebroso. Apesar de ser óbvio, parece que muita gente esquece que você não é obrigado a compartilhar todos os detalhes da sua vida nas redes sociais. Não precisa revelar todos os lugares que você vai, não precisa falar todos os lugares em que você come e assim por diante. Claro que isso é apenas uma sugestão, você pode fazer tudo isso. Acredito apenas que seja saudável deixar esta linha entre público e privada bem clara. Responda sinceramente - você pode afirmar com 100% de certeza de que todas os seus "amigos" do facebook devem ver as fotos do nascimento do seu filho, imagens das festas e viagens que você participa e assim por diante?
De novo, meu intuito não é dizer o que as pessoas devem fazer - já tem um monte de gente por aí fazendo isso. Apenas dar algumas sugestões para que a gente possa aproveitar as redes sociais de forma completa, sem fazer com que o trabalhador vire refém da ferramenta.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Respostas rápidas para relacionamentos mais rápidos ainda
Um guia abreviado sobre o que vale a pena fazer pela namorada/namorado quando se é um adolescente (ou se está em um relacionamento adolescente):
Cortar o cabelo? OK
Cortar os pulsos? Não
Tirar fotos juntos? OK
Fazer uma montagem das fotos com música brega e por no youtube depois de um mês de namoro? Não
Matar saudade? OK
Matar seus pais? Não
Dar apoio? OK
Dar seu rim? Não
Perder a hora? OK
Perder a identidade? Não
Comer jiló? OK
Comer o pão que o diabo amassou? Não
Ver UFC ou ‘Sex and the City’? OK
Ver todos que te amam se afastarem de você? Não
Ir para a festa de aniversário do priminho pentelho? OK
Ir para o inferno? Não
Roubar um beijo? OK
Roubar um banco? Não
Tentar impressionar? OK
Tentar o suicídio? Não
Bater papo? OK
Bater na cara? Não
Carregar as compras? OK
Carregar um corpo? Não
Escrever o nome da pessoa no caderno? OK
Escrever o nome da pessoa na pele? Não
Dizer que ama? OK
Dizer que é pra sempre? Não
Falar como adulto? OK
Falar como adulto, mas não assumir as consequências como adulto? Não
Quebrar as regras? OK
Quebrar as leis? Não
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Madame Inspiração
A realidade mata a inspiração? Eu discordo.
A realidade (ou maturidade, se assim preferir) faz o que ela tem que fazer - separa os que realmente querem algo daqueles que apenas dizem querer. Separa os meninos dos homens.
A diferença é que com o passar do tempo, as prioridades mudam. As certezas começam a criar raízes, mesmo as que nos incomodam. Cada passo a ser dado é feito com o peso crescente da irreversibilidade e inevitabilidade. Se a sua inspiração era baseada na melancolia da dúvida, é provável que com o tempo haja uma desertificação na sua criatividade.
Não consigo mais escrever contos de amor pueril, porque não sou mais criança.
Não consigo mais escrever contos de melancolia profunda, porque não me sinto sozinho.
Não consigo mais escrever poesias de anseios amorosos, porque já encontrei alguém que amo.
Quando leio o que escrevia, tenho a sensação de que foi escrito por outra pessoa. A verdade é que foi outra pessoa, foi o "eu de ontem". O "eu de hoje" não sofre mais pelos mesmos motivos e, por conseguinte, também não se inspira pelos mesmos motivos. Da mesma forma, pode ser que você também não gere o impacto de antes ou tenha o alcance que tinha / julgava ter. A realidade (vida) firma os seus pés no chão a qualquer custo, mesmo que seja preciso cortar um pouco as suas asas.
Não, a vida não respeita a opinião dos seus pais e amigos.
Não, a vida não é um mar de rosas.
Não, a vida não vai mudar só porque as coisas estão erradas.
Não, a vida não aceita desculpas esfarrapadas para seus insucessos.
Não, a vida não é justa.
Não, a vida não acaba aqui.
Talvez até este momento, o texto parecia pessimista e determinista, escrito por alguém que optou por se entregar aos delírios do destino e se isentar da responsabilidade das mudanças que acontecem. Todavia, assim como a tal da vida adora ter suas reviravoltas, nos textos (pensamentos, reflexões e opiniões) há sempre margem para um "entretanto".
Como disse lá no começo, as prioridades mudam. Se temos como ajustar nossas expectativas para englobarem estas novas prioridades, creio que seja possível também mudar a raiz (ou razão, em bom radical latim) da nossa inspiração.
A realidade não mata a inspiração. Apenas te obriga a mudar de musa.
A realidade (ou maturidade, se assim preferir) faz o que ela tem que fazer - separa os que realmente querem algo daqueles que apenas dizem querer. Separa os meninos dos homens.
A diferença é que com o passar do tempo, as prioridades mudam. As certezas começam a criar raízes, mesmo as que nos incomodam. Cada passo a ser dado é feito com o peso crescente da irreversibilidade e inevitabilidade. Se a sua inspiração era baseada na melancolia da dúvida, é provável que com o tempo haja uma desertificação na sua criatividade.
Não consigo mais escrever contos de amor pueril, porque não sou mais criança.
Não consigo mais escrever contos de melancolia profunda, porque não me sinto sozinho.
Não consigo mais escrever poesias de anseios amorosos, porque já encontrei alguém que amo.
Quando leio o que escrevia, tenho a sensação de que foi escrito por outra pessoa. A verdade é que foi outra pessoa, foi o "eu de ontem". O "eu de hoje" não sofre mais pelos mesmos motivos e, por conseguinte, também não se inspira pelos mesmos motivos. Da mesma forma, pode ser que você também não gere o impacto de antes ou tenha o alcance que tinha / julgava ter. A realidade (vida) firma os seus pés no chão a qualquer custo, mesmo que seja preciso cortar um pouco as suas asas.
Não, a vida não respeita a opinião dos seus pais e amigos.
Não, a vida não é um mar de rosas.
Não, a vida não vai mudar só porque as coisas estão erradas.
Não, a vida não aceita desculpas esfarrapadas para seus insucessos.
Não, a vida não é justa.
Não, a vida não acaba aqui.
Talvez até este momento, o texto parecia pessimista e determinista, escrito por alguém que optou por se entregar aos delírios do destino e se isentar da responsabilidade das mudanças que acontecem. Todavia, assim como a tal da vida adora ter suas reviravoltas, nos textos (pensamentos, reflexões e opiniões) há sempre margem para um "entretanto".
Como disse lá no começo, as prioridades mudam. Se temos como ajustar nossas expectativas para englobarem estas novas prioridades, creio que seja possível também mudar a raiz (ou razão, em bom radical latim) da nossa inspiração.
A realidade não mata a inspiração. Apenas te obriga a mudar de musa.
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