segunda-feira, 4 de maio de 2009

And so came Fall

Se fumasse, acho que seria o momento ideal para acender um cigarro.

O vento estava frio e as mangas curtas começavam a ficar nos armários. Já era outono, as folhas secas se moviam com o vento, serpenteando no chão entre as pernas dos transeuntes. Naquele canto, a praça, mesmo que diminuta, parecia englobar o mundo todo. O monumento no centro que antes fora ridicularizado, parecia mandar mensagens indiretas, como se corroborando aquilo que queria ouvir mas ninguém ousava falar. As respostas vem quando as perguntas certas são feitas.

A verdade é que a segunda-feira parecia quarta e o bla-bla-bla ritmado da sala de aula era uma mistura de suco de maracujá com calmante. Por mais que o assunto fosse interessante, não havia como manter-se focado e aquele passeio na noite quase-fria pareceu ser a melhor opção. Meia hora depois, mesmo não sendo novos ares, o sono tinha dado uma trégua e resolveu que estava tarde demais pra ficar pensando.

Olhou de soslaio duas meninas que estava no canto da praça, esticou as pernas e voltou pra sala.

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