terça-feira, 27 de maio de 2008

Remembrance

Eu esqueci que era outono, mas quando fui almoçar hoje vi uma cena que parecia de filme. Estava embaixo de uma árvore e vi as folhas caindo, meio que em câmera lenta na rua. Mais cinematográfico ainda foi porque nenhuma caiu em mim, o sol batia de leve na rua e nenhum carro passou naquele momento. Seria digno de um Oscar se o vento tivesse agitado o meu cabelo.

Quando vi, lembrei da estação.

Eu esqueci como era sentir esperança, mas quando acordei hoje senti o coração bater. Senti de novo aquela certeza do que ainda não é (e talvez nem será). E nesse retumbar momentâneo, muito veio à tona.

Quando bateu, lembrei da sensação.

No farfalhar das folhas, no chilrear dos pássaros, no chapinhar das crianças. A sensação nostálgica daquilo que um dia se foi, os pequenos lampejos de esperança. Quando uma mensagem no celular faz o dia parecer melhor. Quando uma pequena oração, faz a vida ter sentido novamente.

Diga (a)o fraco, eu sou forte.
Tudo que se perde, se pode achar. Tudo que se esquece, se pode lembrar.

3 comentários:

Mikhailovitch disse...

YES

Unknown disse...

Ju, vc manda muito bem!!!

Unknown disse...

Oi. Li boa parte... e percebi alguém diferente do que eu imaginava. Parabens pela coragem de escrever.
bjo

Sara